BÚZIOS RECEBE E IMPRESSIONA SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA

"FIQUEI MUITO BEM IMPRESSIONADO COM O PATRIMÔNIO IMATERIAL CULTURAL QUE ESTAVA ESCONDIDO NO MUNICÍPIO DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS." Assim se expressou o assessor da Secretaria Estadual de Cultura, Zeca Barros; braço direito da SEC, Adriana Rattes. Ciceroneado pelo Coordenador de Cultura de Búzios, Michelângelo, o grupo de representantes do Estado saiu muito satisfeito com o que viu e ouviu, nos dois dias de visita técnica ao município. A agenda iniciou-se com um pequeno fórum sobre as nessecidades da região no âmbito Cultural, apresentando aos Secretários e Coordenadores de Cultura de 9 municípios: Armação dos Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Araruama, São Pedro da Aldeia, Maricá e Cachoeiras de Macacu, proposições e diretivas de fomento às várias vertentes das artes e bens históricos materiais e imateriais. Reunidos no Salão Nobre do Hotel Mandrágora, no dia 29 último, os presentes puderam debater soluções que ajudem a cultura regional, a tomar forma e recuperar e divulgar os costumes ancestrais e as tradições folclóricas hà muito esquecidas ou por esquecer: "- É mais uma oportunidade de o Estado e os municípios agirem efetivamente pelo resgate de nossas tradições, rasgando o véu do preconceito religioso, ante manifestações artesanais de pureza e cultura extremamente originais." Argumentou o Coordenador Geral de Cultura de Cabo Frio, Guilherme Guaral.
No segundo dia, 30/10, os membros da SEC foram conduzidos pelo Coordenador Michelângelo e pelo Gerente de Patrimônio Histórico da Secretaria de Turismo e Cultura de Búzios, Toninho Português - auxiliado pela museóloga e historiadora, Nilma Acioli - à Fundação Bem-Te-Vi, aonde puderam conhecer este belo e grandioso espaço de inclusão e participar de uma pequena mesa redonda, com alguns representantes de entidades civis ligadas ao folclore e as artes. Foram também conduzidos à uma célula quilombola e a uma colônia de pescadores artezanais, no bairro da Rasa, aonde entrevistaram e ouviram belas e tristes histórias dos descendentes de escravos. "É imprecindível o resgate desta memória escravagista, desta cultura de raiz passada boca-a-boca, geração a geração. Não se concebe mais cultura sem passado; presente sem futuro. Enquanto eu puder, dentro ou fora do meu cargo, lutarei pela preservação desta verdadeira relíquia do patrimônio imaterial dos negros que, junto com os índios e portuguêses, formam as bases da história desta região e, em última análise do Brasil; e o Brasil não pode se perder dos brasileiros." Frisou o Coordenador de Cultura da SETUC- Búzios, Michelângelo. Todos os dois dias foram devidamente filmados e entrarão para a história audio-visual da cidade, virando mais um documento à ser encaminhado às novas gerações através da Secretaria de Turismo e Cultura de Armação dos Búzios